Review Pichau Hive S: um mouse ultraleve com excelente custo-benefício
O Pichau Hive S é a aposta da fabricante para entrar no mercado de mouses ultraleves, que inclusive vem aumentando nos últimos anos. Ele traz um ótimo desempenho e acabamento de qualidade, com o diferencial de ter peças trocáveis, então se você não gosta do design com furos hexagonais, basta colocar a carcaça toda preenchida. É uma boa solução para não perder clientes apenas pelos furos, e acredite, isso acontece.
Obviamente não é só isso que faz do Hive S um bom mouse gamer. Ele tem um sensor de ótima qualidade, switches duráveis, se encaixa em várias pegadas e é totalmente configurável via software, tudo isso custando menos de R$ 200 reais (valor coletado no dia 04/06/2022). O Manual da Compra teve a oportunidade de testar o periférico e vai te mostrar mais detalhes no review abaixo.
Ficha técnica do Pichau Hive S
- Sensor: PMW3389
- Aceleração máxima: 40G
- Velocidade máxima de rastreamento: 400IPS
- DPI: 16 mil
- Cabo: paracord flexível
- Acabamento: Plástico
- Botões adicionais: 3, sendo 2 na lateral e 1 para troca de DPI
- Pode ser configurado via software: Sim
- Peso: 64 gramas (sem o cabo)
- Conteúdo da caixa: mouse, manual e uma carcaça adicional sem furos
Design do Pichau Hive S busca agradar todos os públicos
O Pichau Hive S tem um design assimétrico bem “convencional”, sem muitas surpresas. No entanto, assim como vários outros mouses do mercado, os botões laterais são apenas do lado esquerdo, então apesar de ele poder ser usado por canhotos e destros, os canhotos acabam ficando sem esses botões.
O mouse gamer da Pichau tem uma construção bem sólida. Todo feito em plástico, ele não apresenta nenhuma rebarba ou falha, o que é muito positivo. O mouse conta com RGB em três zonas: Scroll, uma faixa inferior e na logo da Pichau que fica dentro do mouse, essa que só pode ser vista na carcaça furada. É um RGB que dá um “chan” a mais para o periférico e, ao mesmo tempo, não é exagerado.
Falamos que o RGB da logo só pode ser visto na carcaça furada porque o Pichau Hive S chega com duas carcaças. Uma usa os furos hexagonais, já conhecidos em mouses ultraleves, a outra é totalmente lisa, ideal para quem não gosta deste design (e muitos realmente não gostam). O peso do Hive S é de 65 gramas.
O ponto negativo de usar a carcaça furada pode ser visto na foto acima: sujeira. As sujeiras mostradas na foto são de uma semana de uso, e ainda posso ressaltar que o meu office fica em uma sala fechada, sem vento ou qualquer coisa do tipo. Obvio, não é um super problema tendo em vista que você leva 1 minuto para tirar a carcaça, limpar ele e colocar a peçã novamente.
É bem fácil fazer a troca das peças, mas é válido ressaltar que essa sacada para atender um público maior não é inovação do Hive, pois o Sharkoon Light 200, já testado aqui, também tem esse esquema de troca.
Voltando para o Pichau Hive S, ele conta com seis botões e uma pequena alavanca. Além dos botões laterais, já citados, o mouse também tem um botão na parte superior para troca de DPI, o Scroll (emborrachado e texturizado), clique direito e esquerdo e uma alavanca em sua parte inferior, que serve para alterar a taxa de Polling Rate.
Pegadas Claw e Fingertip se encaixam melhor para usar o Hive S
O Pichau Hive S tirou 10 no teste de usabilidade. O fato de ele ser bastante leve e ter dois pés grandes 100% de PTFE o fazem deslizar maravilhosamente pelo mousepad, proporcionando movimentos rápidos com pouco esforço. Além disso, o seu acabamento fosco não é daqueles que ficam marcas facilmente.
Mais um quesito que merece destaque é o cabo paracord, super leve e que não oferece empecilho nenhum na movimentação. Falando sobre as duas carcaças, particularmente eu não senti diferença na usabilidade, ou mesmo que alguma é melhor que a outra por qualquer motivo.
O Pichau Hive S tem 12 cm de comprimento, então vou classificá-lo como um mouse de tamanho médio. A minha mão tem 18 cm, contando a partir da ponta do meu dedo anelar até o começo do pulso, e na pegada palm eu o achei bem confortável. No entanto, mesmo para quem tem a mão média, dependendo de onde fica a palma da sua mão ele (mouse) pode ser um pouco pequeno para a palm, enquanto a claw e fingertip não terão problema algum.
Para quem tem mão pequena a palm ficará boa, bem como a claw; a fingertip talvez não seja tão confortável. Para quem tem mão grande, a escolha ficará entre claw e fingertip, já que na palm seus dedos provavelmente passarão do corpo do mouse gamer.
Os botões funcionam muito bem e entregam cliques sólidos e macios. No Hive S são usados switches Kailh GM 4.0, que além de um ótimo desempenho, se mostram bem resistentes, com durabilidade de até 60 milhões de cliques. O scroll também é bom, mas sua textura não é tão acentuada como outros mouses já testados aqui.
Desempenho do Pichau Hive S é ótimo para jogos
O Pichau Hive S usa o sensor PMW3389, um modelo bacana, com bom desempenho e que aparece em vários mouses gamer mais recentes. Um modelo testado pelo Manual da Compra que usa ele é o Cougar Airblader, que também chega com a proposta de ser um mouse ultraleve.
O mouse gamer da Pichau tem um DPI máximo de 16 mil, mas para aqueles que são mais minuciosos em relação à configuração, aqui só é possível configurar de 50 em 50. Além do DPI, o Hive S tem uma aceleração de 50g e IPS e 400 ips. O Polling Rate varia entre 125 Hz, 500 Hz e 1000 Hz, mas só pode ser alterado via chavinha seletora na parte inferior, diferente de outros mouses que oferecem a configuração do parâmetro via software.
No uso do dia a dia o mouse se mostrou excelente, sem nenhum problema de performance. Para jogar também não tenho o que reclamar, seja em games MOBA ou mesmo em FPS. Claro, sempre gosto de ressaltar que sou um jogador casual e longe de ser super exigente com cada pixel de desempenho, mas o sensor do Hise S se comporta muito bem, então creio que ele será uma boa opção mesmo para quem é mais “hardcore”.
Abaixo, realizamos alguns testes com o MouseTester para mostrar gráficos de precisão e aceleração gerados pelo mouse da HyperX.
Testes de precisão
O teste de precisão consiste em fazer movimentos de zigue-zague com o mouse enquanto um software chamado MouseTester (v1.5) captura os movimentos. Fazendo isso por alguns segundos, o programa gera um gráfico relacionando o rastreio do mouse com os movimentos captados.
É importante ressaltar que, apesar de o programa ser usado por vários testadores, ele não tem uma acurácia de 100%, por isso pode haver pequenos erros de monitoramento.
O desenho em risco do gráfico é o movimento feito com o mouse, e as bolinhas representam o rastreio do sensor; quanto mais próximo da linha as bolinhas estiverem, mais preciso é o rastreio. Realizei o teste várias vezes e com diferentes DPIs para diminuir os possíveis “erros” de monitoramento do programa, mas os resultados foram bem semelhantes em todos.
Como já esperado, o resultado do Pichau Hive S aqui foi excelente, com poucas distorções (o que é normal). Isso confirma que o rastreio do mouse é preciso, mesmo em diferentes DPIs, mostrando mais uma vez que desempenho não é nenhum problema para o mouse gamer da fabricante.
Teste de aceleração
O teste de aceleração consiste em mover o mouse do ponto A ao B bem rápido, e depois retornar ao ponto A mais devagar. Também usamos o MouseTester (v1.5) para registrar o teste, e o resultado ideal é que o cursor volte exatamente do ponto que saiu, ou seja, em caso de problemas de aceleração, ele passaria do ponto de partida, ou terminaria antes.
Aqui os resultados também não são 100% precisos, então podemos relevar pequenas diferenças. Se o mouse passa muito do ponto inicial, chamamos de aceleração positiva, ou seja, na movimentação rápida o mouse perdeu um pouco do rastreio. Se ele termina antes do ponto inicial, significa aceleração negativa, como se o sensor tivesse captado movimentos que não foram feitos no teste.
No teste de aceleração o Pichau Hive S também tirou de letra e apresentou um resultado perfeito, sem aceleração positiva ou negativa. Isso mostra que o mouse é fiel aos movimentos rápidos e não “passa do ponto” ou mesmo deixa de rastrear algo, então você não vai perder aquele tiro de sniper por dar um flick muito rápido, pois a mira vai parar exatamente onde o seu movimento parar.
O Pichau Hive S tem um software de configuração bem completo
Na hora de configurar o Pichau Hive S você vai usar um software específico para ele, cujo nome é Hive S. A interface é bem “básica”, mas oferece várias opções de configurações. Ao abrir o programa você já se depara com a aba de configuração dos botões, podendo atribuir diversas funções a eles.
Na próxima aba tem a configuração de DPI, com espaço para seis valores diferentes, lembrando que esses são trocados via botão superior. Se você acha que seis valores é muito, basta desmarcar as caixas para diminuir as predefinições. Um ponto que poderia ter sido implementado é escolher o valor manualmente no campo, e não ter que arrastar os indicadores até chegar no valor escolhido, o que é bem chato.
Seguindo para a direita entramos na aba de LED, em que você escolhe entre nove efeitos de iluminação, ou mesmo pode desligá-la. Cada efeito tem as opções de alterar a velocidade e nível de velocidade, sendo que alguns você também pode selecionar as cores.
Na quinta aba você configura aspectos mais técnicos como o tempo de Debounce, velocidade do duplo clique, velocidade do scroll e até mesmo o LoD. Para finalizar, tem a aba de Macro, em que você pode gravar uma sequência de comandos e ativá-la com algum botão de atalho. Todos esses ajustes podem ser salvos em cinco perfis diferentes.
Vale a pena comprar o Pichau Hive S?
No momento da publicação deste review o Pichau Hive S está custando cerca de R$ 169, um valor excelente por tudo que ele entrega. É um mouse de construção sólida, com bom sensor e switches duráveis, o que se reflete no seu excelente desempenho. O RGB dá aquele charme a mais na aparência e o peso também é um diferencial. Outro ponto positivo é que se você não gosta do design colmeia, basta trocar a carcaça por uma sem furos.
Esse valor é excelente para tudo o que o Pichau Hive S entrega, e ele não fica devendo em nada para concorrentes de marcas grandes, como é o caso do Razer Viper Mini. Na proposta de ultraleves, o HyperX Pulsefire Haste (furado) também é uma boa opção, porém mais caro. Já o Corsair Katar Pro é mais barato e não tem carcaça furada.
Prós:
- Carcaça intercambiável
- É confortável
- Sensor com bom desempenho
- DPI máximo de 16 mil
- Pode ser configurado via software
- Tem LED RGB
Contras:
- Acumula sujeira internamente com a carcaça furada