Review Redragon Cobra M711: um ótimo mouse gamer de entrada
Investir em um bom mouse gamer nunca foi tão acessível como é atualmente, e a prova disso é o Redragon Cobra M711, um modelo que custa pouco mais de R$ 100 e traz vários recursos. Aqui temos 10 mil de DPI em um mouse com um acabamento bacana e design que entrega conforto na hora de usar por horas. Ele ainda traz um dos recursos mais procurados pela garotada (e marmanjos): LED RGB totalmente customizável.
O mouse da Redragon é uma excelente opção para quem está com orçamento curto e busca uma boa opção custo-benefício. Pelo preço que lhe é cobrado, é difícil encontrar concorrentes com tantas funções. Veja abaixo a ficha técnica e em seguida o review completo do Redragon Cobra M711.
Ficha técnica do Redragon Cobra M711
- Sensor: PIXART PMW3325
- Aceleração máxima: 20G
- Velocidade máxima: 100 IPS
- DPI: 10 mil
- Cabo: 1.9 metros
- Acabamento: Plástico
- Botões adicionais: 2 na lateral, 2 para troca de DPI,1 para iluminação e 1 para troca de perfis
- Total de botões programáveis: 8
- Pode ser configurado via software: Sim
- Peso: 130 gramas (com cabo)
- Conteúdo da caixa: Mouse, adesivo e manual
Design chamativo e muito RGB para o Redragon Cobra M711
O Redragon Cobra M711 é um prato cheio para quem adora luzes RGB. A luz contorna a lateral do mouse, ilumina a logo RGB e também o botão scroll. Como a iluminação preenche todo o interior do mouse, dependendo do ângulo que você olhar, ela também vaza entre os botões, o que dá ainda mais cor ao periférico. Há quem goste e há quem achará um exagero, aí fica a gosto de cada um.
Seu corpo é todo feito em plástico, sendo a superfície revestida de uma camada emborrachada fina, que apesar de não arranhar, mancha bem fácil. As laterais são texturizadas e os botões, tanto superiores quanto laterais, são totalmente lisos.
O scroll do Redragon Cobra M711 também é emborrachado e ainda conta com algumas texturas, o que o torna bem confortável de se girar. Na parte inferior temos o plástico com acabamento em plástico fosco e os pés de Teflon.
Esse mouse tem um total de nove botões: clique direito, clique esquerdo, scroll, dois botões de mudança de DPI, um para mudança de iluminação, dois laterais e um que fica na parte inferior e alterna entre os perfis criados para o mouse. De todos esses citados, apenas o último não pode ser personalizado via software.
O cabo tem cerca de 1,9 metros e aparenta ser bem resistente, porém não tem uma “flexibilidade perfeita” como em outros mouses que usam os modelos de cabo paracord, por exemplo. O revestimento do cabo é de nylon e o plug USB é banhado a ouro.
O Cobra M711 é confortável e passa no teste de usabilidade, mas com uma pequena ressalva
O Redragon Cobra M711 pesa em torno de 109 gramas sem o cabo. Usei ele depois de uma sequência de testes em mouses ultra-leves, o Sharkoon Light 200 e Razer Viper Mini, mas mesmo mais de 40 gramas mais pesados que ele, não senti muito no uso do dia a dia. O mouse gamer tem um peso um pouco maior em sua traseira, causado por uma “rodela” interna de peso, que adiciona cerca de 15 gramas ao acessório.
O fato de ele ser mais pesado na traseira não me incomodou, mas encontrei alguns comentários de consumidores que não curtiram muito isso, então seria o caso da Redragon ter implementado um sistema de adição/remoção de peso e deixar a critério dos consumidores escolherem a melhor opção de uso. No entanto, novamente ressaltando, esse peso na traseira não atrapalhou em nada o meu uso, e talvez não atrapalhe o seu.
Mesmo ele tendo dois pés teflon, seu deslize não é tão suave quanto outros modelos já testados aqui. Tenho um mousepad Razer estilo speed, e parece que o Cobra fica um pouco pesado em movimentos longos, o que pode atrapalhar quem joga FPS com sensibilidade baixa e precisa navegar por todo o mousepad. Esse efeito não está relacionado ao peso dele, pois o meu mouse principal é mais pesado e tem um deslize mais suave.
O mouse gamer da Redragon possui um tamanho médio e é indicado para destros. A minha mão tem 18 cm, contando a partir da ponta do meu dedo médio até o começo do pulso, e o M711 ficou confortável nas três pegadas. Diferente dos mouses citados acima em que tive que dar uma leve adaptada na minha pegada palm, com o Redragon fluiu tudo muito bem.
Quem tem a mão pequena deve conseguir usá-lo na pegada palm e claw sem problemas, mas pode não curtir muito a fingertip. Já aqueles com mãos grandes devem preferir a claw e fingertip, e talvez se incomodem com a palm.
A Redragon não informa os switches dos botões, e como não faz parte dos nossos testes abrir o periférico, não temos essa informação. Alguns reviews falam de switches Omron para os botões principais, Changfeng para os botões de DPI e laterais e Scroll. No entanto, como a fabricante pode mudar componentes internos em diferentes lotes, não podemos afirmar que esses são os mesmos do mouse testado.
Nos testes práticos não tivemos nenhum problema com os botões principais. Os cliques funcionam bem, são rápidos e possuem um barulho considerável. No entanto, em alguns momentos achei o scroll um pouco duro de se apertar, como se ele estivesse emperrado. Essa sensação passou depois de um tempo, então pode ser que o mouse só precisasse ser “amaciado” um pouco.
Sensor e testes de desempenho do Redragon Cobra M711
Indo para a parte de desempenho, o Redragon Cobra M711 possui o sensor PIXART PMW3325, cujo DPI máximo é de 10 mil. É um sensor bacana principalmente considerando o custo final desse mouse gamer, e oferece um desempenho bem satisfatório para boa parte dos jogadores, independente de qual tipo de jogo faça parte do seu dia a dia.
Abaixo realizamos alguns testes com software para mostrar um pouco do desempenho do Redragon Cobra M711. Apesar de os testes darem uma boa demonstração do periférico, é válido ressaltar que fatores como o mousepad, possíveis interferências magnéticas de sinal (em caso de mouses sem fio), computador, entre outras coisas, podem alterar um pouco os resultados.
Testes de precisão
O teste de precisão consiste em fazer movimentos de zigue-zague com o mouse enquanto um software chamado MouseTester (v1.5) captura os movimentos. Fazendo isso por alguns segundos, o programa gera um gráfico relacionando o rastreio do mouse com os movimentos captados.
É importante ressaltar que, apesar de o programa ser usado por vários testadores, ele não tem uma acurácia de 100%, por isso pode haver pequenos erros de monitoramento.
O desenho em risco do gráfico é o movimento feito com o mouse, e as bolinhas representam o rastreio do sensor; quanto mais próximo da linha as bolinhas estiverem, mais preciso é o rastreio. Realizei o teste várias e com diferentes DPIs para diminuir os possíveis “erros” de monitoramento do programa, mas os resultados foram bem semelhantes em todos.
O Redragon Cobra M711 se saiu muito bem nos testes de precisão e mostrou poucas distorções, essas que podem ser desconsideradas já que o programa usado na monitoração não oferece resultados 100%. Além disso, na prática, não tivemos nenhum problema durante o uso do mouse, seja no dia a dia ou para jogar, ou seja, nada de travamentos, teletransporte de ponteiro ou qualquer outra coisa.
Teste de aceleração
O teste de aceleração consiste em mover o mouse do ponto A ao B bem rápido, e depois retornar ao ponto A mais devagar. Também usamos o MouseTester (v1.5) para registrar o teste, e o resultado ideal é que o cursor volte exatamente do ponto que saiu, ou seja, em caso de problemas de aceleração, ele passaria do ponto de partida, ou terminaria antes.
Aqui os resultados também não são 100% precisos, então podemos relevar pequenas diferenças. Se o mouse passa muito do ponto inicial, chamamos de aceleração positiva, ou seja, na na movimentação rápida o mouse perdeu um pouco do rastreio. Se ele termina antes do ponto inicial, significa aceleração negativa, como se o sensor tivesse captado movimentos que não foram feitos no teste.
O Redragon Cobra M711 mostrou um pouco de aceleração positiva,mas nada preocupante, até porque realizamos dezenas de testes em diferentes DPIs e às vezes os resultados se diferenciavam com um pouquinho de aceleração negativa. Mais uma vez o sensor fez um ótimo trabalho.
Teste de Jitter e Prediction no MS-Paint
Fizemos o famoso teste do paint para testar a consistência do rastreio do Redragon Cobra M711 em diferentes valores de DPI. Esse teste também serve para verificar se o mouse possui algum tipo de prediction, que é quando o periférico tenta “corrigir” a trajetória do ponteiro a ajustando automaticamente. Isso não é legal principalmente para quem joga, já que o mouse fará um movimento que você não fez.
O teste é simples: fazemos várias linhas, espirais e escrevemos o valor do DPI usado no paint. Se as linhas ficarem super retas, é porque o mouse está tendo o prediction do movimento. Já as espirais e escritas servem para o teste de Jitter, que verifica as distorções do sensor e vai de encontro com o teste de precisão feito anteriormente. Quanto mais tremidos as escritas e espirais tiverem, mais distorções o mouse está tendo na leitura dos movimentos.
O Redragon Cobra M711 se mostra consistente e só começa a apresentar distorções em DPIs mais altos. Em DPIs baixos as linhas parecem mostrar um pouco de prediction, mas não se preocupe, é normal que com a maior sensibilidade o mouse tenha menos tremidos e fique mais fácil de você criar linhas mais retas. Os testes do paint comprovam o belo trabalho que o sensor do Cobra faz.
Software e configurações do Redragon cobra M711
A Redragon tem um software próprio para o Cobra M711, e aqui você deve prestar atenção. A fabricante possui um artigo em que ressalta que o software do M711 FPS não serve para o modelo convencional, e isso pode causar confusão em muitas pessoas. Para te dar uma ajuda, você pode baixar o programa do M711 diretamente aqui.
Bem, na parte do software não tem segredo. A interface é simples e intuitiva, e permite o usuário configurar cores do LED RGB, tipo de efeito da iluminação, parâmetros de cada um dos efeitos (trocados via botão do mouse), valores de DPI para cinco presets que são trocados também por botão, taxa de Polling Rate, aceleração, função de cada um dos oito botões personalizáveis, entre outras opções.
Outro ponto positivo é que é possível salvar essas configurações na memória interna do mouse, podendo criar até cinco perfis. Lembrando que a troca desses perfis é feita pelo botão que fica na parte inferior do mouse.
Vale a pena comprar o Redragon Cobra M711?
Com certeza o Redragon Cobra M711 é uma boa opção de compra, principalmente considerando que o seu valor é bem acessível. Não é difícil encontrá-lo em promoções de R$ 100 ou às vezes até menos! O mouse gamer da Redragon é um forte candidato a ser um dos melhores modelos de entrada para quem busca várias funções, bom desempenho e claro, personalizações RGB.
O Cobra mostrou uma ótima performance em nossos testes, seja no quesito desempenho ou usabilidade. Seu material deixa claro a faixa de preço, no entanto, passa longe de ser algo de qualidade duvidosa. O fato de ele ter um software para configuração de todos os parâmetros é um ponto muito positivo também. A nossa única ressalva fica para o botão de scroll que é um pouco duro e também o deslize não tão suave quanto poderia.
Se você busca um mouse gamer baratinho, o Redragon Cobra M711 é uma ótima porta de entrada no segmento e com certeza vai te atender muito bem!
Pontos positivos:
- É confortável
- Iluminação RGB é configurável
- Possui oito botões personalizáveis
- Software oferece muitas opções de customização
- Tem um bom desempenho
Pontos negativos:
- Tive problemas com seu deslize
- Software tem um visual um pouco ultrapassado
- Botão de scroll pode ser um pouco duro no início do uso